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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Casualidade

(Moleque descalço / Criança calçada
Moleque perdido sem rumo.)


Luar brisa noturna, paixão,
Do moleque descalço perdido,
Sem rumo esperança na vida
Esquecida marginalizada, pela sociedade.
Quem é esta sombra, sem identidade.

Correndo de pé sujo sem poder estudar
Cursando os males da vida, paranóia agitar.
Traficante, traficando do moleque, ta cuidando
Ensinando pro moleque,
O que a burguesia ta mandando.

Seu Genivaldo é puro álcool
Dona Rita só faxina
Esta noite na favela foram vários na chacina
Na esquina o moleque, seguro lá estava
Cheirando sua cola no cobertor de papelão
Na favela o irmão dele, estirado lá no chão.

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