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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Desejo-te


Desejo-te, pois sou imperfeito,
Minha alma busca repouso
Conforto no desejo.
Desejo-te na humanidade a mim atribuída,
Na Finitude dos meus dias
O desejo cunha inspiração.
Desejo te, afinal não sou divino
Para contrariar a tentação
Que é lhe desejar.

Ah! Não será isso poesia?

Adaptação do poema de J. G. de Araujo


AH! Não será isso poesia!
Alegria provocante do teu sorriso
A fresca alegria
Da tua boca molhada como os caminhos
Ao nascer do dia,
-       Ah! Não será isso poesia?

O vento a acariciar os teus cabelos soltos
Teus cabelos revoltos
Mascios e leves
Como painas, como nuvens
Como tecidos de seda e luz numa estranha magia,
-       Ah! Não será isso poesia?

E o mistério de teus olhos profundos,
Que atraem como horizantes
Para mundos estranhos,
onde ha noites de amor, e nunca chega o dia...
-       Ah! Não será isso poesia?

A visão do teu pescoço branco, velado como um templo,
pelo véu dos teus castanhos cabelos, que eu descubro
nos delirios de minha fantasia,
-       Ah! Não será isso poesia?

E a tua voz
-        A noite que fêz som numa flauta macia –
E teu corpo, uma bandeira inquieta desfraldada,
teu amor, prece sensual para minha heresia...
-       Ah! Não será isso poesia?

-Sim! Isto tudo é poesia,

porque tu és Poesia!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Saudosismo

Contemplo nos novos passos
Velhos passos esquecidos no passado
Com um saudosismo nostálgico, que me faz projetar ao passado
Recordar de uma época longínqua
Em que a vida era menos elaborada, mais vivida
Brincar era apenas brincar
O mundo a minha volta era um universo de descobertas
Sabores
Texturas
Papai
Mamãe

Infância.