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domingo, 10 de julho de 2022

Uma tal saudade

O que faço se sentir sua falta dói De uma forma que não esperava Dói como se pressiona-se meu peito De uma forma que sufoca Que me tira o equilíbrio e o foco Que me faz desesperadamente querer que o tempo passe E assim não ver o passar de minha existência Tenho medo de tamanho sentimento Seria menos caro ser indiferente Pois na indiferença não há expectativa Sigo na saudade todos estes dias Dilacerando-me alma, enquanto aguardo seu retorno

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Anelo xxv

Sinto um desejo que sufoca
Enforca como lampejo
Feito pólvora é o beijo
Que afogueia a alma
Bloqueia a razão
Simbora entregasse a concupiscência
E Fazer indecências.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

O outro fere

Falas formam barreiras como atitudes Que feito pedra ferem Quem despercebidamente tropeça No erro do outro e nada pode fazer Além de chorar e lamentar O fato de que se espera crença Na esperança de um futuro Certo na incerteza do porvir Pois hoje sou dor Entregue ao lamento Como queria disto me afastar Porém só podemos ser culpados Das chagas que causamos Que se responsabiliza pelas que sofremos? Talvez também sejamos responsáveis Pois de certa forma permitimos.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Na espera

 Nublado chove ou não?

Nem tudo é perfeito

Ressoa na alma tipo canção

Aceleradamente bate no peito

A falta de ar comprime o pulmão

Somos humanos e temos defeito

Taquicardia na ausência da solidão

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Anedota sobre pandemia e tardes frias sem chá.

Não tem equilíbrio na dor

Que doa para além de nós

Viventes com ou sem rancor

As angustias se enfileiram feito dominós

Se apequena a existência

Frente aos desafios do tempo

Este que implacável ofusca-nos à vã prepotência

Nossa ignorância é o nosso maior contratempo


terça-feira, 19 de novembro de 2019

Estranhar



A distância que oculta
E não desvela revelando
Atritos ou espanto?
Já que Narciso acha feio aquilo que não é espelho
Buscar o encaixe, conectar
Conselho
É preciso d e t e c  t a r
O que forma o espantalho
Para que não vire rebotalho

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

anedota de inverno


As suas curvas
Me curvo
Submetendo-me
Aos seus desejos
Sinuosos e turvos.

Compenetrado em me satisfazer
Em sua satisfação
Tu deixas-me prostrado
Quando chegas ao píncaro do prazer.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Sua ausência

Ao não ver seu olhar
Vejo sua falta
Ao não escutar sua voz
Recordo da melodia da sua presença
Ao não sentir seu abraço
Me faz falta a sensação de ter a alma beijada

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O tempo

O tempo só é problema
Pois somos finitos
A finitude é como maldição
Não há nada o que fazer
O tempo passa
Alias já passou
O próximo segundo
Já foi...
Não volta
Voltar atrás
Não é possível
Recomeçar talvez...

Impotência

Não sei ao certo
Se acertei a escolha
Estou no caminho
Porém perdido,
Feito cachorro
Dando voltas
Perseguindo o rabo.
Busquei a virtude
E distanciei de mim
Olho no espelho
Sem o pesar da culpa
Mas, leve?
A vida?
Não...

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A fala, feri ou Cantiga do abutre

Palavras? Não, pedradas.
De certo, mal intencionadas
Feri, geram hematomas
sintomas
Profundos na eloquência

Simples ou um corte profundo
A esmo machucam
Torturam,  magoam
Da face o sangue escorre
Com o movimento dos lábios

Instantaneamente.

Laço

Mais difícil do que fazer um laço
É desfazê-lo,
Olhar ele pronto e acabado
Com suas curvas e voltas perfeitas
Não queremos imagina-las desfeitas
Mas nem sempre o laço
Nos, é apropriado ao momento.

Sorriso

Ao despertar me deparei
Com seu sorriso e me encantei
De mim, me perdi
Em você, me encontrei.

Controvérsia

Sua boca diz sim
Seus olhos não.
Sonhos são sonhos
Pesadelos não.
Minha vaidade guia
Egoísmo e controle
De algo que pertença
Talvez a subjetividade.
Desnorteado e sem rumo
A deriva em dor
Busco força e acalanto
No germe do amor
Superar e seguir em frente
Sem perder a ternura
O concreto, o fato ameaça
Mas o que machuca mesmo
São as proteções e omissões.
Por amor protegemos
Por amor omitimos
Por amor negamos
A nós e ou outro
Com ciúmes
Nos perdemos
Degeneramos
Em alucinações
E fantasias.
Ou não...

domingo, 24 de julho de 2016

Gaiolas não libertam

Espinhos são sempre espinhos
Não vai querer tê-los pelo caminho
Ao cair de uma arvore.

Sentimentos são complexos
Não, não tem nexo
Mentir para preservar.

Não somos perfeitos
O medo é um de nossos defeitos
E nem sempre nos torna melhores.

Ciúmes é vaidade
Amar é ambiguidade
Pois engaiolamos para não perder.