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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Sua ausência

Ao não ver seu olhar
Vejo sua falta
Ao não escutar sua voz
Recordo da melodia da sua presença
Ao não sentir seu abraço
Me faz falta a sensação de ter a alma beijada

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O tempo

O tempo só é problema
Pois somos finitos
A finitude é como maldição
Não há nada o que fazer
O tempo passa
Alias já passou
O próximo segundo
Já foi...
Não volta
Voltar atrás
Não é possível
Recomeçar talvez...

Impotência

Não sei ao certo
Se acertei a escolha
Estou no caminho
Porém perdido,
Feito cachorro
Dando voltas
Perseguindo o rabo.
Busquei a virtude
E distanciei de mim
Olho no espelho
Sem o pesar da culpa
Mas, leve?
A vida?
Não...

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A fala, feri ou Cantiga do abutre

Palavras? Não, pedradas.
De certo, mal intencionadas
Feri, geram hematomas
sintomas
Profundos na eloquência

Simples ou um corte profundo
A esmo machucam
Torturam,  magoam
Da face o sangue escorre
Com o movimento dos lábios

Instantaneamente.

Laço

Mais difícil do que fazer um laço
É desfazê-lo,
Olhar ele pronto e acabado
Com suas curvas e voltas perfeitas
Não queremos imagina-las desfeitas
Mas nem sempre o laço
Nos, é apropriado ao momento.

Sorriso

Ao despertar me deparei
Com seu sorriso e me encantei
De mim, me perdi
Em você, me encontrei.

Controvérsia

Sua boca diz sim
Seus olhos não.
Sonhos são sonhos
Pesadelos não.
Minha vaidade guia
Egoísmo e controle
De algo que pertença
Talvez a subjetividade.
Desnorteado e sem rumo
A deriva em dor
Busco força e acalanto
No germe do amor
Superar e seguir em frente
Sem perder a ternura
O concreto, o fato ameaça
Mas o que machuca mesmo
São as proteções e omissões.
Por amor protegemos
Por amor omitimos
Por amor negamos
A nós e ou outro
Com ciúmes
Nos perdemos
Degeneramos
Em alucinações
E fantasias.
Ou não...

domingo, 24 de julho de 2016

Gaiolas não libertam

Espinhos são sempre espinhos
Não vai querer tê-los pelo caminho
Ao cair de uma arvore.

Sentimentos são complexos
Não, não tem nexo
Mentir para preservar.

Não somos perfeitos
O medo é um de nossos defeitos
E nem sempre nos torna melhores.

Ciúmes é vaidade
Amar é ambiguidade
Pois engaiolamos para não perder.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Desejo-te


Desejo-te, pois sou imperfeito,
Minha alma busca repouso
Conforto no desejo.
Desejo-te na humanidade a mim atribuída,
Na Finitude dos meus dias
O desejo cunha inspiração.
Desejo te, afinal não sou divino
Para contrariar a tentação
Que é lhe desejar.

Ah! Não será isso poesia?

Adaptação do poema de J. G. de Araujo


AH! Não será isso poesia!
Alegria provocante do teu sorriso
A fresca alegria
Da tua boca molhada como os caminhos
Ao nascer do dia,
-       Ah! Não será isso poesia?

O vento a acariciar os teus cabelos soltos
Teus cabelos revoltos
Mascios e leves
Como painas, como nuvens
Como tecidos de seda e luz numa estranha magia,
-       Ah! Não será isso poesia?

E o mistério de teus olhos profundos,
Que atraem como horizantes
Para mundos estranhos,
onde ha noites de amor, e nunca chega o dia...
-       Ah! Não será isso poesia?

A visão do teu pescoço branco, velado como um templo,
pelo véu dos teus castanhos cabelos, que eu descubro
nos delirios de minha fantasia,
-       Ah! Não será isso poesia?

E a tua voz
-        A noite que fêz som numa flauta macia –
E teu corpo, uma bandeira inquieta desfraldada,
teu amor, prece sensual para minha heresia...
-       Ah! Não será isso poesia?

-Sim! Isto tudo é poesia,

porque tu és Poesia!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Saudosismo

Contemplo nos novos passos
Velhos passos esquecidos no passado
Com um saudosismo nostálgico, que me faz projetar ao passado
Recordar de uma época longínqua
Em que a vida era menos elaborada, mais vivida
Brincar era apenas brincar
O mundo a minha volta era um universo de descobertas
Sabores
Texturas
Papai
Mamãe

Infância.