AH! Não será isso poesia!
Alegria provocante do teu
sorriso
A fresca alegria
Da tua boca molhada como os
caminhos
Ao nascer do dia,
-
Ah!
Não será isso poesia?
O vento a acariciar os teus
cabelos soltos
Teus cabelos revoltos
Mascios e leves
Como painas, como nuvens
Como tecidos de seda e luz
numa estranha magia,
-
Ah!
Não será isso poesia?
E o mistério de teus olhos profundos,
Que atraem como horizantes
Para mundos estranhos,
onde ha noites de amor, e
nunca chega o dia...
-
Ah!
Não será isso poesia?
A visão do teu pescoço branco,
velado como um templo,
pelo véu dos teus castanhos cabelos,
que eu descubro
nos delirios de minha
fantasia,
-
Ah!
Não será isso poesia?
E a tua voz
-
A noite que fêz som numa flauta macia –
E teu corpo, uma bandeira
inquieta desfraldada,
teu amor, prece sensual para
minha heresia...
-
Ah!
Não será isso poesia?
-Sim! Isto tudo é poesia,
porque tu és Poesia!
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