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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dilemas vulcânicos*

Repousava o homem
Com sua arrogância
Sentado no mundo,
Contemplando a imensidão
Das suas conquistas.
Soberano sobre a terra
Dominava
Além dos seus iguais,
A terra das minhocas,
Os mares dos peixes,
O céu das aves,
Chegou até a lua
Dos amantes;
Pode prolongar a vida
Da mesma forma que a abrevia.
Dono de si
Proclamou a morte
Do mito que criaste
Em épocas de insegurança.
Todavia agora é diferente,
Julgava inquestionável
Seu inabalável reinado
Mas do mesmo continente
Velho em sua prepotência
Brotou do âmago da terra,
Uma nuvem passageira,
Mais densa do que a verdade
Mais cinza do que os fatos.
Somos parte,
Não o todo!
Naturalmente descartáveis
Nos condena a natureza.

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*Dedicado ao vulcão islandês que parou o trafego aéreo na Europa.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vida?

Procura incansavelmente
Respostas,
Nem sabe ao que.
Mas não desiste
Ao contrário
Sempre persistente,
Na luta diária
Que a vida
Impõe.
Não nasceste
Coroado com talco e brilhantes.
Que pena, perdeu
Não há mais chances,
Poucas oportunidades
Será-lhe oferecida.
Muito provavelmente
Terás um teto salarial
Que alcançaras,
É verdade
Sem precisar pular.
E pode ser que lhe garanta
O “equivalente geral”
Que permitirá
Ter acesso a “ração básica”
Para se manter em pé.
E feliz pela vida
Que vive
Vivendo o sofrer
Da vida que segue
Despercebida
Em números
Estatisticamente
Sem mente
Mas viva.
Ó...
que vida?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Linda Paixão

Elo entre dois corações

Permeiam varias canções
Um só destino
Dois caminhos em um
Segundo vão ao céu.

Pensamentos flutuam se perdem
Corpo e alma se rendem
A melodia tocada pelo cupido
Despercebidos ouvem a mais bela canção
Regida pela batida do coração
Caminhos lentamente começam
A unificarem em um só ponto
Na magia misteriosa
Que a vida reserva para todos.

Novos, velhos, negros, brancos, homens e mulheres
Ninguém viveu ou viverá sem está luz
Que une alegra fortifica e conduz
A um só destino
(dois caminhos em um)
Que em segundos leva dois apaixonados ao céu!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bem Me Quer x Mal Me Quer

Numa singela tarde
dessas de um dia qualquer,
brincou a vida, de bem me quer.
Mas fadas e bruxas não se entenderam,
por isso os querubins nem se atreveram.
Jogados a sorte estão os amantes,
depois de idas e vindas ficaram distantes,
esqueceram o porquê, contemplam a lua
e não vêem mais graça em cantarolar na rua.
O feio que antes era belo,
desvela agora a falta de elo.
Já se passaram diversas primaveras,
o inverno parece ter chego deveras,
no peito ambíguo, dor e saudade
não se amam mais com ímpeto e vontade!
Numa singela tarde
dessas de um dia qualquer,
brinca a vida, de mal me quer.