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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Num longínquo, breve entardecer.

Há de chegar o memento que:

No florescer dos campos
estaremos lá
olhando para história,
com os olhos lacrimejados.

Pela difícil e árdua vitória,
afinal nenhum homem
agora explora outro homem,
acabou a era da produção
cega, burra e alienada.

Tudo o que se produz
é para garantir a vida.
Não mais conviveremos
com a abundancia
e com a fome lado a lado.

Lamentaremos, sim!
Nossos companheiros mortos,
entretanto suas mortes
não foram em vão.

Não se criou altares
para suas vanglórias e feitos,
pois os mortos do passado,
estão vivos!
Nos companheiros do presente.

Que acreditaram e seguiram lutando
até chegarem a vitória.
Houve muitos erros até aqui
e com certeza daqui em diante
muitos outros estão porvir.

Mas entre tantos erros
vai haver "um", que a humanidade
não ira novamente cometer,
O capital, canibal
Este não!
não conviveremos,
Com ele novamente!

Foi muito sangue derramado,
Muitas vidas perdidas,
Tudo era mercadoria.

Tinha valor de uso,
Mas era o valor de troca
Que nos usava,
Feito papéis higiênicos
Em uma grande diarréia generalizada.

Os valores eram estranhos,
Na entranha do mercado
É que se media a vida,
Exploravam uns aos outros
E se diziam...
H u m a n o s ?

2 comentários:

Thais disse...

bem, este é para ler todas as manhãs... precisamos "tomá-lo" todas as manhãs, assim como o leite com café, para nos sentirmos alimentados e fazer com que o sentido da luta se renove a cada dia...

Edilene disse...

Muito legal esse poema Carlos! O mais legal nele é que, além de como disse a Thaís, nos alimentar para a luta, vc coloca o capital como coisa do passado...Tomara que não demore muito mesmo!